Em reunião com secretário de Aviação Civil, sindicalistas querem garantias
CUT cobra participação de trabalhadores no debate sobre concessão de aeroportos
São Paulo - Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniram-se nesta quarta-feira (13) em Brasília com o secretário da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e com a Secretaria Geral da Presidência da República para cobrar participação na discussão sobre concessão de aeroportos. Sindicatos de aeroportuários opõem-se ao repasse da administração de terminais de passageiros à iniciativa privada.
Em maio, o governo federal abriu edital de concessão para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal. Para dezembro, estão previstos os processos de privatização de terminais em São Paulo e Brasília.
O presidente da CUT, Artur Henrique, reivindicou que as entidades tenham acesso ao texto do proposta. “Queremos debater garantias para a sociedade e, principalmente para os trabalhadores que atuam nos aeroportos. Nossas experiências com concessões nos setores elétrico e de telefonia não são boas. A única garantia daqueles contratos fechados com o empresariado eram de lucro e formas de reajuste”, disse, segundo o site da central.
José Lopez Feijóo, assessor especial da Secretaria-Geral da República, garantiu aos presentes que a proposta será apresentada para a CUT e Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) na próxima semana, além de esclarecer que a presidenta Dilma Rousseff permitiu a abertura do diálogo sobre as alternativas para o projeto.
Para Bittencourt, o objetivo da parceria do governo com a iniciativa privada está de acordo com os interesses do Estado. "Nesse processo de concessão, um dos instrumentos, além do contrato, é um acordo de acionistas que vai determinar as condições da Infraero”, disse o ministro. Em resposta à afirmação, Artur garantiu que a CUT não é contra a concessão à iniciativa privada (que segundo o modelo discutido representa 51% das ações), mas alertou que o estado não deve abrir mão do controle dos aeroportos.
"Somos a favor da entrada do capital, nacional ou estrangeiro, para melhorar a estrutura, ampliar o espaço e modernizar os aeroportos, não apenas para ganhar cada vez mais dinheiro", disse. "Mas o governo não pode ser acionista minoritário e deixar nas mãos dos empresários o controle tarifário, questões relacionadas à segurança, qualidade e relações de trabalho", afirmou. O risco de prejuízo nessas áreas, segundo Artur, relaciona-se a experiências de concessão do setor elétrico e telefônico.
O próximo passo, segundo o presidente da CUT, seria articular reunião técnica para que os representantes dos sindicatos das categorias envolvidas no tema possam conhecer melhor o modelo de concessão, ainda em construção. “Nós queremos influenciar no debate e no modelo da concessão. Tem muitos itens que a gente quer colocar na proposta para defender os trabalhadores e a sociedade. Além disso, se tem acordo de acionistas, os trabalhadores têm de estar no conselho de administração", finalizou.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Funcionários de aeroportos anunciam greve no Paraguai
Paraguai
Paraguai - Os funcionários aeroportuários do Paraguai confirmaram nesta quarta-feira uma greve de dez dias convocada a partir de sábado contra a Lei de Concessão de Aeroportos, aprovada na semana passada pelo Congresso.
Leonardo Berau, do sindicato de funcionários da Direção Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac), disse à Agência Efe que a medida vai afectar principalmente os aeroportos Silvio Pettirossi de Assunção e Guarani de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.
Berau assinalou que a Lei de Concessão de Aeroportos, aprovada no dia 7 de julho, viola a Constituição Nacional "ao não dar prioridade aos trabalhadores em qualquer caso de concessão, capitalização ou privatização de instituições públicas".
O sindicalista acrescentou que a lei em questão, que engloba também o terminal militar de Marechal Estigarribia, na região do Chaco (noroeste), estabelece que a empresa favorecida pela concessão "não está regida pelo Código Aeronáutico".
"Estes são os pontos que questionamos", disse o dirigente, que afirmou que os grevistas exigem o veto absoluto ou parcial do chefe de Estado, Fernando Lugo, a quem consideram, a partir de agora, o único interlocutor para uma possível negociação.
Em ocasiões anteriores e durante os debates do projecto de lei no Congresso bicameral paraguaio, o líder conseguiu evitar a medida de força após reuniões de último momento com os funcionários aeroportuários.
A Dinac emprega cerca de 1.400 pessoas, das quais pelo menos 1.000 se somarão à medida de força, segundo Berau, que indicou que o sindicato de controladores aéreos está em assembleia para decidir sua adesão.
O aeroporto internacional Silvio Pettirossi, o principal do país, administra 15 voos diários para Brasil, Argentina, Bolívia e Uruguai.
Paraguai - Os funcionários aeroportuários do Paraguai confirmaram nesta quarta-feira uma greve de dez dias convocada a partir de sábado contra a Lei de Concessão de Aeroportos, aprovada na semana passada pelo Congresso.
Leonardo Berau, do sindicato de funcionários da Direção Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac), disse à Agência Efe que a medida vai afectar principalmente os aeroportos Silvio Pettirossi de Assunção e Guarani de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.
Berau assinalou que a Lei de Concessão de Aeroportos, aprovada no dia 7 de julho, viola a Constituição Nacional "ao não dar prioridade aos trabalhadores em qualquer caso de concessão, capitalização ou privatização de instituições públicas".
O sindicalista acrescentou que a lei em questão, que engloba também o terminal militar de Marechal Estigarribia, na região do Chaco (noroeste), estabelece que a empresa favorecida pela concessão "não está regida pelo Código Aeronáutico".
"Estes são os pontos que questionamos", disse o dirigente, que afirmou que os grevistas exigem o veto absoluto ou parcial do chefe de Estado, Fernando Lugo, a quem consideram, a partir de agora, o único interlocutor para uma possível negociação.
Em ocasiões anteriores e durante os debates do projecto de lei no Congresso bicameral paraguaio, o líder conseguiu evitar a medida de força após reuniões de último momento com os funcionários aeroportuários.
A Dinac emprega cerca de 1.400 pessoas, das quais pelo menos 1.000 se somarão à medida de força, segundo Berau, que indicou que o sindicato de controladores aéreos está em assembleia para decidir sua adesão.
O aeroporto internacional Silvio Pettirossi, o principal do país, administra 15 voos diários para Brasil, Argentina, Bolívia e Uruguai.
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